3 de setembro de 2009

O Estado e o poder paralelo, quem é quem?

Hoje eu gostaria de falar um pouco sobre assuntos mais leves, porém agora a pouco lendo uma matéria no Estadão não posso deixar de comentar.
O que foi dito nesta (abaixo deixo o link) matéria vem ao encontro da tese que defendo de que, onde não há o poder do Estado, onde não há a mão do Estado ou o seio dessa mãe que é o Estado Brasileiro (pelo menos pra uns que não deixam essa teta por nada), o poder paralelo se instala e faz as vezes deste Estado ausente.
Aliás as táticas são as mesmas, pressão fisíca e psicológica, assistencialismo populista à comunidade e publicidade de suas ações, o que diferencia é que esse poder, o paralelo, está mais próximo à comunidade.
Pressão física e psicológica os dois poderes exercem, um através, principalmente das leis que em muitas vezes beneficia este mesmo estado, e este estado na verdade é o grupo que o ocupa nesse momento (grupos partidários), nas comunidades são criados os códigos paralelos, são impostas algumas "leis", principalmente a lei do silêncio, que o Estado de certa forma também impõe através de seus diversos mecanismos como a falta de um sistema decente de educação, ou claramente como a censura a veículos de comunicação, o próprio Estadão, em que me baseio para este artigo.
O assistencialismo é a ferramenta utilizada por estes poderes também, o Estado cria bolsas e dá o peixe, em contrapartida recebe os votos, aí, como estas mesmas medidas não são suficientes para resolver todas as mazelas dessa gente o que acontece? Vem o poder paralelo e supre as necessidades, como na própria matéria do O Estado uma moradora diz que já recebeu remédio, material para construção e etc.
Ah, não posso me esquecer da publicidade, assim como nossos amigos políticos os neo-empresarios do mercado das drogas, digo novos porque estes agora também tem uma preocupação social, querem tornar seus negócios sustentáveis, também querem interagir mais com seus stakeholders, como os políticos também participam das festividades comunitárias, e até as patrocinam, churrascos, igrejas, participam das missas, dos cultos, assim como os políticos, porém uma diferença, se fazem presentes o tempo todo na vida destas comunidades, um pouco diferente do estado né? Que só aparece para pedir voto, pra dar borrachada, bomba de gás e etc.
Então, a comunidade passa a se afeiçoar e achar normal, tão normal quanto os escandalos emergentes das camaras brasileiras, tão normal quanto as atitudes transgressoras dos nossos políticos.
É preciso repensar a sociedade como um todo, se o Estado é a grande mãe, não tenho dúvida que cada dia mais esses "empresários" de negócios escusos assumem a paternidade de uma criança de quinhentos e poucos anos chamada Brasil.

link para a matéria do Estadão:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090903/not_imp428786,0.php

Um comentário:

  1. Salve salve, Pablo Souza!

    Camarada, li os artigos e acrescentei links para eles na postagem acima. Também inseri seu blog na lista de indicações do meu, certo?

    Pô, parceiro, faz já um bocado de tempo, heim? Saudade!

    Abraço e... saudações sambístcas!!!

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