27 de julho de 2010

Ética, transparência e gratidão.

Esse fim de semana passando pelos noticiários vimos uma atitude nobre de um sujeito que muitos insistem em chamar de rabugento ou ignorante.

Estou falando de Muricy Ramalho, isso mesmo, o futebol nos é capaz de mostrar diversas lições, como essa que na minha opinião, Muricy acabou de dar.

Há muito a seleção já não apaixona como antes, o tal amor na camisa ficou lá atrás, submerso numa multidão de notas de dólar e euro que só ele pode revelar aos pequenos e sem base familiar e estrutura emocional, garotos pobres do Brasil.

Àqueles que têm o afã de aparecer e se sentirem poderosos Muricy deu uma aula de humildade, gratidão, ética e porque não, marketing pessoal.

O simples fato de não aceitar a cadeira de técnico da seleção brasileira não o credencia a nada disso que estou falando, porém, a conduta reta e os motivos da recusa, mostram um Muricy extremamente comprometido com seus valores pessoais, que parecem muito sólidos.

Quando saiu do São Paulo Futebol Clube com muita turbulência, o próprio presidente do clube, Juvenal Juvêncio disse que poucas vezes trabalhou com um sujeito tão honesto.

Muricy saiu do São Paulo, tentou se estabelecer no Palmeiras, mas não deu certo, desempregado, foi convidado pelo Fluminense, a quem comprovou e solidificou seus valores morais ao se negar assumir a seleção brasileira, pois, estava desempregado, o clube lhe deu um emprego, ele tem um contrato assinado e disse que o cumpriria, só sairia se o Fluminense o liberasse. Muitos, disseram que ele foi covarde, medroso e por aí vai, na minha opinião foi corajoso, integro, o problema é que temos visto tanta coisa errada em nosso país, inclusive no futebol, que quando alguém tem uma atitude sensata e ética todos achamos estranho,

Não podemos esquecer que quando Muricy estava voando no São Paulo, ganhando títulos e etc, a CBF convidou Dunga pra ser o técnico.

Abraço e sucesso.

Pablo Souza

www.cultcomunicacao.com.br

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