O Google e a Microsoft estão pagando US$ 25 milhões ao Twitter para poder indexar as mensagens curtas, ou "tweets", que os usuários enviam por meio do serviço de "microblogging". Isso parece muito dinheiro. É o suficiente para o Twitter obter um pequeno lucro em 2009, dizem duas pessoas familiarizadas com as finanças da companhia.
Mas faça as contas e os pagamentos vão parecer menos impressionantes. No ano passado, os 50 milhões de usuários do Twitter postaram 8 bilhões de "tweets", de acordo com a empresa de pesquisa Synopsos, o que significa que o Google e a Microsoft estão pagando aproximadamente 3 centavos de dólar por grupo de mil mensagens. É uma ninharia no mundo da publicidade on-line. Os principais sites da internet em geral obtêm US$ 10 ou US$ 20 por mil páginas vistas; mesmo as páginas da web que "encalham" são vendidas pelas chamadas "ad networks" - empresas que ligam sites a anunciantes potenciais - por algo entre 50 centavos e 1 dólar por mil páginas. Os acordos dão "quase nenhum valor" aos dados do Twitter, diz Donnovan Andrews, vice-presidente de desenvolvimento estratégico da agência de marketing digital Tribal Fusion.
A verdade é que ninguém descobriu ainda como ganhar dinheiro de verdade com os "tweets". Google e Microsoft estão pagando US$ 15 milhões e US$ 10 milhões, respectivamente, como uma aposta no futuro. Pagando montantes relativamente pequenos, eles são os primeiros a fazer experiências com os dados coletados do Twitter. Ambas as empresas já estão incluindo os "tweets" nos resultados dos seus serviços de buscas. Sean Suchter, gerente-geral do centro de tecnologia de busca da Microsoft, prevê que a empresa acabará se tornando lucrativa. "Várias oportunidades na história já provaram que quando você concentra a atenção dos usuários [em um lugar só], isso se mostra um comportamento capaz de fazer dinheiro", diz ele.
Alguns empresários estão mostrando maneiras de fazer publicidade por meio do Twitter. Sean Rad, executivo-chefe Ad.ly, "ad network" de Beverly Hills, na Califórnia, fechou um acordo com 20 mil usuários do Twitter que vão ganhar para colocar anúncios em seus "tweets". Para calcular o tamanho dos pagamentos, a companhia iniciante desenvolveu algoritmos que medem a influência de uma pessoa. Kim Kardashian - estrela de "reality show" da TV - , tem quase 3 milhões de seguidores e ganha US$ 10 mil por tweet, enquanto o blogueiro de negócios Guy Kawasaki consegue US$ 900 por tweet a seus 200 mil fãs.
Para o Google e a Microsoft, a recompensa de verdade pode vir do movimento de "amarrar" os "tweets" a informações locais sobre produtos. O Twitter está desenvolvendo um software que vai permitir aos usuários, automaticamente, acrescentar dados de localização a cada mensagem. Equipada com as informações sobre localização dos usuários, a Microsoft e o Google poderiam vender mais anúncios dirigidos e oferecer resultados de busca na internet mais relevantes. "Isso é potencialmente muito útil", diz Suchter, da Microsoft.
O Google não está preocupado em lucrar com seu acordo com o Twitter no curto prazo. Amit Singhal, um pesquisador do Google, diz que os dados do Twitter são necessários para que as pessoas que usam o serviço de busca da companhia obtenham informações mais completas. "Eu nunca penso em termos de dólares e centavos", diz. "Meu trabalho é oferecer o melhor serviço de busca."
O Twitter e seus financiadores, no entanto, precisam ver os acordos darem lucro. A empresa, criada há três anos, tem dito que espera tornar-se uma companhia com ações em bolsa algum dia, mas precisa de um modelo comercial viável para viver à altura de seu valor de mercado mais recente, de US$ 1 bilhão. Vai levar muito tempo para chegar lá a 3 centavos de dólar por mil "tweets".
ADNEWS - 11/01/2010
Mas faça as contas e os pagamentos vão parecer menos impressionantes. No ano passado, os 50 milhões de usuários do Twitter postaram 8 bilhões de "tweets", de acordo com a empresa de pesquisa Synopsos, o que significa que o Google e a Microsoft estão pagando aproximadamente 3 centavos de dólar por grupo de mil mensagens. É uma ninharia no mundo da publicidade on-line. Os principais sites da internet em geral obtêm US$ 10 ou US$ 20 por mil páginas vistas; mesmo as páginas da web que "encalham" são vendidas pelas chamadas "ad networks" - empresas que ligam sites a anunciantes potenciais - por algo entre 50 centavos e 1 dólar por mil páginas. Os acordos dão "quase nenhum valor" aos dados do Twitter, diz Donnovan Andrews, vice-presidente de desenvolvimento estratégico da agência de marketing digital Tribal Fusion.
A verdade é que ninguém descobriu ainda como ganhar dinheiro de verdade com os "tweets". Google e Microsoft estão pagando US$ 15 milhões e US$ 10 milhões, respectivamente, como uma aposta no futuro. Pagando montantes relativamente pequenos, eles são os primeiros a fazer experiências com os dados coletados do Twitter. Ambas as empresas já estão incluindo os "tweets" nos resultados dos seus serviços de buscas. Sean Suchter, gerente-geral do centro de tecnologia de busca da Microsoft, prevê que a empresa acabará se tornando lucrativa. "Várias oportunidades na história já provaram que quando você concentra a atenção dos usuários [em um lugar só], isso se mostra um comportamento capaz de fazer dinheiro", diz ele.
Alguns empresários estão mostrando maneiras de fazer publicidade por meio do Twitter. Sean Rad, executivo-chefe Ad.ly, "ad network" de Beverly Hills, na Califórnia, fechou um acordo com 20 mil usuários do Twitter que vão ganhar para colocar anúncios em seus "tweets". Para calcular o tamanho dos pagamentos, a companhia iniciante desenvolveu algoritmos que medem a influência de uma pessoa. Kim Kardashian - estrela de "reality show" da TV - , tem quase 3 milhões de seguidores e ganha US$ 10 mil por tweet, enquanto o blogueiro de negócios Guy Kawasaki consegue US$ 900 por tweet a seus 200 mil fãs.
Para o Google e a Microsoft, a recompensa de verdade pode vir do movimento de "amarrar" os "tweets" a informações locais sobre produtos. O Twitter está desenvolvendo um software que vai permitir aos usuários, automaticamente, acrescentar dados de localização a cada mensagem. Equipada com as informações sobre localização dos usuários, a Microsoft e o Google poderiam vender mais anúncios dirigidos e oferecer resultados de busca na internet mais relevantes. "Isso é potencialmente muito útil", diz Suchter, da Microsoft.
O Google não está preocupado em lucrar com seu acordo com o Twitter no curto prazo. Amit Singhal, um pesquisador do Google, diz que os dados do Twitter são necessários para que as pessoas que usam o serviço de busca da companhia obtenham informações mais completas. "Eu nunca penso em termos de dólares e centavos", diz. "Meu trabalho é oferecer o melhor serviço de busca."
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ADNEWS - 11/01/2010
Pablo Souza
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