16 de setembro de 2009

Hoje eu vou falar do "Seu Zé".

"Seu Zé" é um brasileiro honesto e idoso como outros milhares de idosos honestos dos quatro cantos do País.
Como qualquer outro idoso honesto e pobre deste país, provavelmente o "Seu Zé" não teve como constituir um patrimônio para que na sua velhice pudesse durante as tardes ensolaradas ficar no banco da praça, jogando dominó, dama e conversa fora.
Não, "Seu Zé" precisa trabalhar para garantir seu sustento e o sustento da família.
Pois bem, "Seu Zé" vende flores (ou vendia), e por sinal muito próximo ao escritório onde trabalho, praticamente em frente ao restaurante em que por vezes almoço, algumas vezes inclusive eu me utilizei de suas rosas.
Bom, pra resenhar, ontem, ao terminar meu almoço, desci as escadas do restaurante e com que eu me deparo? Com o rapa, é, lá estava o rapa tirando o sustento do "Seu Zé".
Percebi o constrangimento do guarda civil metropolitando naquela abordagem, porém, os homens que colocam a mão na massa, os truculentos brucutus, só faltam rir. É lastimável as coisas que dia-a-dia nós precisamos testemunhar.
Quantos "Seu Zé" estão por aí neste momento? Quantos? Mas, "Seu Zé" é culpado, se ele tivesse conchavado, costurado alianças, se tornado político, fosse amigo do Sarney, do Collor, do Lula, se tivesse se tornado dirigente sindical ou líder do mst, talvez tivesse um destino diferente, mas ele é só o "Seu Zé", como meu pai é "Seu Zé", talvez o seu pai também, mas se não for, não há problema, pode ser "Seu João", "Seu Dito" e tantos outros idosos pobres, num país de idosos pobres, pobres, doentes, desprovidos de previdência e um estado sem providências.
Abaixo, fotos do acontecimento do "Seu Zé".







Tenha um ótimo dia e se puder, seja feliz.


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