10 de setembro de 2009

Até quando vamos realmente acreditar na insanidade de que somos diferentes e começaremos a tratar do que é real e verdadeiramente importa?

O mito do raça nunca foi deixado de lado. Após o holocausto a sociedade até achou que viveria sem essas divisões, porém, infelizmente não foi bem assim.
Tanto é verdade que continuamos a nos tratarmos com diferenças e divergências, não fosse assim, brancos, pretos, indígenas bolivianos, malaios, chineses, hutus e tutsis, os grupos éticos nigerianos e as castas indianas tratariam todos iguais.
Não fosse isso, no Brasil, não se discutiria por dez anos o tal estatuto da igualdade racial. Aliás, que igualdade é essa em que eu preciso criar um conjunto de regras pra dizer que apesar de diferentes somos iguais?
E aí a sociedade, as empresas querem falar em sustentabilidade, fala sério, não aprendemos a viver em harmonia com as nossas diferenças, e não falo de diferença de raça, a raça é uma só, e queremos falar em sustentabilidade, que nada mais é do que falar de gerações futuras, como se soubessemos de tudo, e tivéssemos respostas para tudo, se não sei falar com meu vizinho porque ele tem uma casta diferente, ou não tem cata sei lá, porque ele é judeu ou ateu, porque ele é preto, branco, amarelo ou tem um olho mais puxado, como falar de futuro. Se continuarmos a fazer o que fizemos até agora o que as gerações futuras aprenderão conosco?
Na verdade essas tentativas do estado nada mais é pra mim do que institucionalizar a discriminação.
Todas essas discussões me levam a crer em apenas uma coisa, não demos um passo em direção a paz, a igualdade e a humanidade nos últimos 70 anos. 90% dos discursos são discursos escritos por pessoas que pouco se importam com a realidade e lidos por pessoas ou líderes que nem se dão ao trabalho de saber o que vão dizer no seu próximo discurso.
Vamos continuar na lei do circo e pão, dá uma bolsinha pra quem tem filho e mora nos confins, dá umas vaguinhas também na universidade, não esquece do bonézinho dos sem terra, ah, não esquece também de comprar uns aviõezinhos, submarinos, helicópteros e armas, muitas armas, assim a gente defende as nossas divisas, afinal vivemos na iminência de um grande ataque, de uma grande guerra, ou, talvez, essas armas caiam nas mãos de traficantes que têm mais afinidade com a comunidade pra que eles defendam essa comunidade das balas encontradas pelas vítimas dos descasos e desmandos daqueles que pagamos para que nos olhem.
Como eles (os líderes) dizem quando acontece alguma catastrofe como agora em Santa Catarina ou as chuvas de São Paulo, o negócio é rezar.
Você é ateu?
Sinto muito.

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